Malan aponta ações futuras para a consolidação do Real

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, desenhou, em entrevista à Agência Estado, um roteiro de ações futuras para a continuidade do processo de consolidação do Plano Real, que ontem (1) completou seu oitavo ano de implementação.

Segundo o ministro, seja qual for o futuro presidente da República ele terá de assumir compromissos sólidos com o que considera os três principais pilares de sustentação da estabilidade econômica: os regimes fiscal, cambial e monetário.

Sem estes pilares, na avaliação de Malan, nenhum governo poderá avançar nas propostas de melhoria das condições de vida da população. Na entrevista à Agência Estado, o ministro fez um contraponto em relação à situação do País, há oito anos, e às condições atuais da economia.

Malan reconhece que o Brasil está sujeito a vulnerabilidades externas, mas aponta que a solução destes problemas está no front interno. ?As batalhas fundamentais são ganhas e perdidas no front doméstico?, afirma o ministro. Ele defende a política industrial adotada nos últimos anos, baseada na concessão de financiamentos por parte do BNDES, e lamenta que  por indefinição por parte do setor privado e dos governadores, não se tenha conseguido aprovar a reforma tributária.

A seguir, os principais trechos da entrevista:  Contexto Internacional – Há anos digo que as batalhas fundamentais são ganhas e perdidas no front doméstico. Nós vivemos num mundo no qual estamos ligados e do qual não é possível nos desconectarmos. O que vem acontecendo é um processo profundo de reavaliação de risco, que começou em junho de 1997 e se agravou no período mais recente. Em 1997, tivemos um primeiro problema na Tailândia, que se seguiu a uma seqüência de problemas na Malásia, Filipinas, Indonésia e Coréia. Em poucos meses, tivemos a moratória russa, em agosto de 1998, outro grande problema de avaliação de risco.

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