Mais vigilância contra a aftosa na fronteira com o Paraguai

Os municípios de Sete Quedas, Paranhos, Coronel Sapucaia e Aral Moreira, no Mato Grosso do Sul, estão fazendo vacinação de reforço contra a febre aftosa no rebanho de cerca de 250 mil bovinos. A campanha foi deflagrada por causa do registro de casos de rinotraquenite, infecção no sistema respiratório, no território paraguaio.

A doença apresenta sintomas semelhantes aos das enfermidades vesiculares, o que reforçou a decisão do governo de fazer uma nova imunização nos animais das quatro localidades, perto da fronteira com a Paraguai, informou ontem o secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano.

Além da imunização nos quatro municípios, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiu trabalhar em conjunto com o Paraguai na área de saúde animal, destacou Tadano. Durante encontro realizado anteontem na Ciudad de Pedro Juan Caballero, os governos dos dois países criaram a comissão de fronteiras Brasil-Paraguai para vigilância sanitária bovina. A primeira reunião do grupo está marcada para a próxima terça-feira (31), às 9h30, em Ponta Porã (MS). Nela, serão discutidas as ações a serem desenvolvidas pelos técnicos brasileiros e paraguaios.

A comissão de fronteiras, revelou o secretário de Defesa Agropecuária, contará ainda com a participação do Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul e do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa). “Os técnicos desses organismos vão ajudar no trabalho de campo, para que possamos coletar mais informações sobre os casos de infecção respiratória no rebanho paraguaio”, disse Tadano. Segundo ele, o governo do Mato Grosso do Sul também tem representantes no grupo bilateral. “O governador José Orcírio Miranda dos Santos está preocupado com a situação.”

Tadano representou o Mapa na reunião em Pedro Juan Caballero, que contou com a presença do ministro de Agricultura do Paraguai, Antonio Ibañez, do vice-ministro de Pecuária paraguaio, Geraldo Bogado, do delegado federal de Agricultura no MS, José Antônio Roldão, e do presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil, Antenor Nogueira, entre outros. O coronel Diogo Barros, comandante do Exército em Ponta Porã, também participou do encontro. “O Ministério da Defesa vai nos ajudar na vigilância das fronteiras.”

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