Com alta de 23,79%, o tomate foi o grande vilão da cesta básica de Curitiba no mês de junho. A capital registrou variação de 0,43%, chegando ao valor de R$ 247,03. O índice acumulado no ano é de 1,25%, e de 8,76% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – regional Paraná (Dieese-PR). O tomate também já tinha apresentado a maior variação entre todos os itens pesquisados no mês de maio (8,03%) na capital.

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“A alta do tomate foi influenciada pela variação do clima que teve impacto direto no resultado da safra no último mês. Com isso, a pouca oferta pressionou os preços”, reforçou Cid Cordeiro, economista do Dieese-PR. “Se não fosse o tomate, provavelmente teríamos registrado deflação no mês de junho. Tanto que os preços da carne, batata e outros itens tiveram queda”, completou Cid.

No acumulado do ano, o tomate registra uma variação de 94,74% no preço. Além deste produto, apenas feijão (0,33%) e café (0,30%) registraram alta no último mês, segundo o Dieese-PR.

Os demais itens ficaram estáveis ou apresentaram queda. A maior delas foi no preço das batatas (-13,26%), banana (-8,45%) e manteiga (-3,23%). Outros itens que apresentaram valores mais baixo foram arroz (-1,90%), óleo de soja (-1,79%), leite (-1,40%), carne (-1,20%) e açúcar (-0,47%). Os preços do pão e da farinha de trigo se mantiveram estáveis.

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Com o valor de R$ 247,03, uma pessoa que ganha um salário mínimo de R$ 545,00 compromete 45,33% do que ganha para garantir a compra da cesta básica em Curitiba. E, para pagar esse valor, tem que trabalhar 99h43 minutos para arcar com este gasto.

Números nacionais

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Doze entre as 17 capitais brasileiras avaliadas apresentaram alta nos preços dos alimentos essenciais em junho. O destaque do levantamento, divulgado nesta terça-feira (12), ficou com Florianópolis: aumento de 4,44%. Já Goiânia registrou a variação negativa mais expressiva (-3,23%).

As cidades que apresentaram aumento nos preços, além de Florianópolis, foram Fortaleza (3,64%), João Pessoa (3,02%), Recife (2,88%), Natal (2,53%), Porto Alegre (2,46%), Manaus (1,94%), Belém (1,31%), Salvador (1,13%), Curitiba (0,43%), Belo Horizonte (0,34%) e São Paulo (0,18%). A queda nos preços dos alimentos básicos foi verificada, além de Goiânia, em Aracaju (recuo de 1,84%), Vitória (-1,71%), Rio de Janeiro (-1,19%) e Brasília (-1,14%).

No acumulado do primeiro semestre, apenas Manaus e Goiânia apresentaram deflação no preço da cesta básica, que tem 13 itens levados em consideração pela pesquisa do Dieese. Nessas capitais houve queda de 0,70% e 0,87%, respectivamente. Já com base no acumulado dos últimos 12 meses, só Salvador (-1,52%) e Aracaju (-0,50%) têm variação negativa.

Os maiores aumentos no período de um ano foram encontrados em Fortaleza (24,20%), Florianópolis (14,62%) e Rio de Janeiro (12,60%). No acumulado em 2011, os preços subiram mais expressivamente em Florianópolis (11,88%), Fortaleza (9,87%), Porto Alegre (7,97%) e João Pessoa (6,17%).