Maioria das atividades varejistas já migrou para o negativo, aponta IBGE

Apesar da alta de 0,2% no volume de vendas do varejo restrito em 12 meses até abril, a maioria dos setores já migrou para o negativo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda já chegou para cinco dos oito segmentos investigados. No varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, a queda de 4,1% no período é compartilhada por sete das dez atividades varejistas, segundo o órgão.

No varejo restrito, quem comanda a redução nas vendas é o setor de livros, jornais, revistas e papelaria (-8,9%). “Apesar de os preços serem favoráveis, temos visto restrição a vendas de impressos”, explicou Juliana Paiva Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. Segundo ela, o setor é prejudicado pelas inovações tecnológicas, que reduzem a demanda de veículos em papel.

A segunda queda mais intensa é registrada pelo setor de móveis e eletrodomésticos (-3,9%), cujas vendas têm sido prejudicadas pelo crédito mais caro e pelo maior endividamento das famílias. Também mostram queda nas vendas em 12 meses os segmentos de combustíveis e lubrificantes (-0,6%), hipermercados e supermercados (-0,6%) e tecidos, vestuário e calçados (-1,9%).

No varejo ampliado, o setor de veículos mostra o comportamento mais negativo, com queda de 12,6% nas vendas em 12 meses. Já os materiais de construção exibem recuo de 2,6% no período.

Os únicos aumentos nas vendas no período de um ano são observados em artigos farmacêuticos, médico, ortopédico e de perfumaria (7,5%), equipamento e material para escritório, informática e comunicação (2,9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,8%).

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