Litoral reclama ações para ter mais movimento

A Associação Comercial de Matinhos e o Sindicato dos Hotéis, Bares Restaurantes e Similares do Litoral Paranaense (Sindilitoral) se reúnem na próxima sexta-feira para discutir a redução do movimento na região nos últimos dois meses.

Donos de supermercados, bares e restaurantes têm demitido trabalhadores pela queda nas vendas durante esta época do ano. De acordo com o presidente da associação, Carlos Alberto, até mesmo os proprietários de casas na praia e que moram em Curitiba estão deixando de visitar o local. O preço do pedágio seria apenas uma das vertentes. “São R$ 8 reais para descer e subir. A gasolina também está cara. No fim das contas, sai caro descer para as praias e as pessoas preferem ficar na capital”, reclama.

Algumas autoridades e candidatos a prefeito das cidades do litoral também devem participar do encontro, que vai procurar novas idéias para evitar o crescimento do desemprego. Para o presidente do Sindilitoral, José Carlos Chicarelli, algumas iniciativas estaduais poderiam favorecer a região, evitando que o problema se alastre. “Temos que levantar essa questão, e importante para o desenvolvimento das cidades. Como não há indústria gerando grande quantidade de emprego, o comércio é o principal rumo das pessoas”, afirmou. “E, sem pessoas, não há comércio que consiga sobreviver”, completou Chicarelli.

A presidente da Associação de Mulheres Donas-de-Casa e Consumidores do Paraná (Ampar), Vera Lúcia Bartz, reforçou os problemas da região. Ela conta que a Ampar realizou uma pesquisa em estabelecimentos comerciais das cidades do litoral, e ficou constatado que muitas demissões ocorreram durante esta época do ano. “É uma situação complicada. Os mercados, que sempre foram geradores de vagas temporárias, estão mandando gente embora. Os vendedores ambulantes estão numa situação ainda mais difícil, pois ninguém aparece nas praias”, disse Vera. (RCJ)

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