Líderes europeus concordam em reformar o FMI

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse ao fim do encontro de cúpula europeu em Bruxelas que os líderes da região querem uma reforma do sistema econômico internacional, inclusive do Fundo Monetário Internacional (FMI). “Nós discutimos a reforma do sistema financeiro internacional. As decisões que precisamos tomar deverão ter um impacto nesta crise”, afirmou.

Segundo Brown, as propostas discutidas incluíram “uma reforma do FMI e de outros órgãos internacionais e a criação de um sistema de alerta antecipado melhor”. Para ele, “existe agora um consenso no mundo desenvolvido de que políticas fiscais devem ser usadas para ajudar a resolver a crise financeira”. Ele acrescentou que “o protecionismo deve ser evitado, onde possível”.

Resposta coordenada

Os países da União Européia (UE) concordaram em coordenar a resposta do bloco à crise econômica mundial, afirmou o presidente francês, Nicolas Sarkozy. “Todos nós concordamos sobre a necessidade absoluta de coordenar as nossas políticas econômicas”, afirmou Sarkozy, que acumula também a função de presidente da UE neste ano.

“Tudo leva a crer que temos uma crise econômica, precisamos agir rápido”, disse Sarkozy, após uma reunião com os líderes da UE para elaborar um posicionamento comum dos países membros antes da cúpula de líderes do G-20 no dia 15 de novembro, em Washington.

Regulamentação

Nenhum mercado ou instrumento financeiro deve continuar desregulamentado, afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel, após a reunião. “Os controles do mercado precisam ser mais abrangentes” e “não pode haver mercados ou instrumentos desregulamentados”, segundo Merkel. “A necessidade de maior regulamentação inclui as agências de classificação de crédito”, acrescentou.

Socorro

A chanceler alemã disse que os líderes da UE discutirão formas de impulsionar o crescimento econômico e maneiras de auxiliar setores específicos entre 11 e 12 de dezembro, data da próxima reunião do bloco. “Vamos falar sobre auxílios à economia em áreas específicas”, afirmou Merkel, acrescentando que a ajuda à indústria automotiva será discutida como parte dos incentivos. As informações são da Dow Jones.