O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira, 19, que o aumento do IOF, de 1,5% para 3%, pode levar a uma queda da curva longa de juros e até a um fortalecimento do real. “Se a gente vê a curva longa caindo, deve ter efeito nas expectativas de inflação. Se houver (efeito nas expectativas), excelente”, afirmou.

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Levy disse ainda que não tem nenhuma manifestação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre a alta do IOF. “Quando as medidas forem publicadas ele saberá exprimir sua visão dentro de seu papel para coordenar expectativas”, explicou.

Segundo o ministro, essas medidas têm por objetivo aumentar a confiança na economia. Levy afirmou ainda que nas últimas semanas os juros mais longos, que influenciam o crédito, apresentaram relativa redução.

“O principal efeito das medidas é difícil ver individualmente. O efeito é aumentar a confiança para as pessoas investirem, tomarem risco, para os empresários pensarem novas coisas”, disse. “Isso se reflete nos indicadores financeiros, na queda da curva longa e até em um pequeno fortalecimento do real”, argumentou.

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Questionado se a elevação do IOF pode influenciar a decisão da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que começa amanhã e termina na próxima quarta-feira, Levy negou. “A decisão do Copom é decidida pelo Copom. As decisões do comitê sempre olham o conjunto da economia.”

Impostos

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O ministro reafirmou que o processo de ajuste fiscal não será apenas aumentar impostos. “A gente está tentando desenhar medidas que estimulem de várias maneiras a economia”, disse. Segundo Levy, é um compromisso assumido por ele a simplificação dos impostos. “Será uma série de ações que vamos continuar tomando para organizar o ambiente econômico de forma mais favorável ao crescimento e ao emprego”, disse.