O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira, 27, que os dados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 mostram que a economia chegou ao fim do ano passado “sem impulso”. Hoje, mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia cresceu 0,1% em 2014.

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“Num primeiro momento, os números revelam que a gente não chega ao final do ano (de 2014) com impulso para este ano. Então, a economia este ano começa com menos esse impulso, pois 2014 foi de desaceleração”, disse o ministro em entrevista coletiva na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no centro do Rio.

Levy aproveitou para destacar a necessidade do ajuste fiscal para a retomada do crescimento. “O nosso desafio é criar as condições para retomar o impulso que foi se enfraquecendo em 2014, apesar do pequeno crescimento trimestral que a gente observou no ultimo trimestre”, disse. “Temos de tomar as medidas que todo mundo conhece, de ajuste fiscal, para colocar as contas em ordem. Assim, as pessoas podem começar a tomar decisões, aproveitando oportunidades de exportação para a gente retomar o crescimento.”

Sobre a mudança metodológica do PIB, Levy afirmou que a atualização é positiva. “Não tem grandes surpresas no resultado do PIB, mesmo com a nova metodologia. O que foi incorporado é relativamente marginal. É um avanço importante a incorporação de certas atividades de empresas que, no fundo, são investimento”, disse.

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“Do ponto de vista puramente econômico, ele (o PIB) não trouxe surpresas, indicou desaceleração. Teve uma queda forte que já se conhecia no segundo trimestre, pois durante a Copa muitas empresas pararam, deram férias, e a economia trabalhou a nível mais baixo enquanto tinham os jogos. Isso influenciou o ano inteiro”, afirmou o ministro.