Levantamento mapeia impostos de madeira da Amazônia

O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) mapeou a carga tributária que incide sobre produtos florestais madeireiros da Amazônia e apresentará os resultados desse levantamento em uma reunião aberta ao público na sexta-feira, 30, em Brasília. “Fomentar o debate e informar o público é o primeiro passo rumo a coibir distorções e fortalecer uma economia florestal sustentável, que permitirá que a floresta Amazônica permaneça em pé e saudável”, cita a diretora de Fomento e Inclusão do SFB, Claudia Azevedo-Ramos, em nota.

De acordo com o Serviço Florestal, a “compreensão sobre impostos sobre produtos madeireiros fomenta debate sobre competitividade”. O estudo mostrará, além da carga tributária, qual o tributo que mais onera a cadeia, além de avaliações de vários cenários potenciais de desoneração tributária que, caso adotados, fortaleceriam a economia florestal local.

Dados do SFB indicam que a produção primária florestal somou R$ 18,1 bilhões em 2011. Desse total, a silvicultura contribuiu com 72,6% (R$ 13,1 bilhões) e a extração vegetal participou com 27,4% (R$ 5,0 bilhões), cita a instituição, mas destacando que esses dados são da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A madeira em tora se destaca como o produto com maior produção e valor, com 14 milhões de metros cúbicos provenientes da Amazônia. Somada às florestas plantadas, o valor de produção ficou em R$ 17 bilhões. Dados de um estudo realizado pelo SFB e pela organização não governamental (ONG) Imazon, de 2009, apontam ainda que o setor florestal na Amazônia gera em torno de 200 mil empregos e conta com cerca de 2,2 mil empresas. O SFB é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.