Em estudo divulgado sobre o mercado automobilístico, a LCA Consultores apresenta projeções para o segmento de Caminhões até o final de 2006. A consultoria projeta que as vendas internas totalizem 82,5 mil unidades em 2005, ou seja, um recuo de 0,1% em comparação com 2004. Segundo o economista Bráulio Borges, um dos responsáveis pelo estudo, essa estagnação nas vendas internas "deve-se principalmente à queda das vendas para o setor agrícola, que sofreu forte perda de rentabilidade". As exportações, porém, de acordo com a LCA, devem chegar a 32,5 mil unidades, o que representaria um crescimento de 28,6%.
Para 2006, a estimativa de vendas no mercado interno é de 87,9 mil unidades. Esse volume ainda seria inferior ao recorde registrado em 1977, de 90,2 mil unidades, mas representaria uma melhoria sobre 2005, com um aumento de 6,5% na comercialização de caminhões. Para Bráulio Borges, essa projeção de aumento "está associada à expectativa de um ambiente mais estimulante ao investimento, devido, entre outros fatores, à redução da taxa de juros real".
O volume de exportações em 2006 deve chegar a 34,4 mil unidades. A LCA projeta, portanto, continuidade da expansão das vendas, porém, a um ritmo de 5,9%, bem mais modesto que o de 2005. Tal desaceleração das exportações é esperada em função, sobretudo, da valorização do real, que reduz a competitividade dos caminhões brasileiros no mercado externo, e da perspectiva de desaceleração das economias da Argentina e do Chile, destino de cerca de 60% das vendas externas de caminhões do Brasil.