Justiça põe fim à greve na Volkswagen-Audi

Chegou ao fim a greve dos metalúrgicos da montadora Volkswagen-Audi, em São José dos Pinhais. Os trabalhadores voltaram a trabalhar na tarde de ontem, depois de quatro dias e meio de paralisação. Pela manhã, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) julgou a greve como sendo legal e determinou à empresa o pagamento aos trabalhadores pelos dias parados. Também reduziu a jornada de trabalho de 42 para 40 horas semanais, o fim do banco de horas e a Participação dos Lucros e Resultados (PLR), no valor de R$ 2.950,00. A empresa poderá recorrer da decisão junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Os funcionários comemoraram o resultado. “Essa decisão se deve acima de tudo à união dos trabalhadores que sempre acreditaram no movimento, mesmo diante das constantes negativas da empresa em negociar”, avaliou Sérgio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. Ao todo, sete juízes do TRT julgaram a questão; o voto de ?minerva? foi da relatora do processo, juíza Wanda Santi Cardoso da Silva, que determinou aos trabalhadores o retorno imediato e à empresa o cumprimento das decisões. Reivindicações

A maior parte das reivindicações da categoria foi atendida, entre elas o fim do banco de horas e a redução da jornada de trabalho. Outras foram atendidas apenas parcialmente, como é o caso do valor da PLR: a categoria reivindicava R$ 3,2 mil, enquanto o oferecido pela empresa era R$ 2,7 mil. Mediante o impasse, o TRT determinou o meio termo: pagamento de R$ 2.950,00. Outras questões, como o afastamento de quase 250 trabalhadores por motivo de saúde e a contratação dos 60 trabalhadores que faziam parte de um projeto de aprendizagem, não foram julgadas.

Ao todo, a montadora conta com 2.500 funcionários. Em quase cinco dias de paralisação, aproximadamente 2 mil veículos deixaram de ser produzidos, entre os modelos Fox, Golf e Audi A3. A montadora Volks-Audi informou, por meio da assessoria de imprensa, que está estudando a possibilidade de recorrer da decisão.

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