Justiça julga greve do Porto de Paranaguá

A Justiça do Trabalho de Paranaguá julga hoje, às 8h30, o dissídio coletivo de greve ingressado pelo Sindicato dos Operadores Portuários do Paraná (Sindop) contra a Intersindical. Essa entidade, que reúne dez sindicatos de trabalhadores portuários autônomos, paralisou as atividades do Porto de Paranaguá na última segunda-feira durante seis horas, em protesto contra a contratação de trabalhadores terceirizados não cadastrados no OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra).

Os autônomos prometem entrar em greve por tempo indeterminado caso a pauta de reivindicações encaminhada à superintendência da Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina) e ao Sindop não seja discutida até o final da semana. O Sindop, sindicato patronal que representa 56 empresas, alega que a faixa portuária é área exclusiva do trabalhador portuário avulso.

“As convenções coletivas de trabalho das quatro categorias com as quais mantemos negociação (estivadores, conferentes, vigias e arrumadores -cerca de 3.500 pessoas) estão em vigor, e não há reclamação sobre isso”, argumenta o presidente do Sindop, Edson Cezar Aguiar, ressaltando que os outros seis sindicatos que fazem parte da Intersindical não mantém relações trabalhistas com o Sindop. “Nossa relação com os trabalhadores sempre foi aberta e de confiança. Diversas solicitações que eles fizeram já foram atendidas, por isso entendemos que o fórum da rua não é a solução, e optamos pelo dissídio, que é o caminho legal”, destacou.

O dissídio se refere à paralisação de segunda-feira e à possibilidade de nova greve nos próximos dias, dependendo do resultado das negociações. A Appa informou que as reivindicações estão sendo analisadas, mas ainda não há nenhuma reunião marcada com os sindicalistas. (Olavo Pesch)

Voltar ao topo