As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) abriram esta quinta-feira, 12, com viés de queda, motivada pela depreciação global do dólar que acontece após o anúncio de um pacote de estímulo monetário do Banco Central Europeu (BCE). Ante o real, a moeda americana cai de forma mais intensa do que perante as pares de economias emergentes, devolvendo alta igualmente mais forte dos últimos dias.

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Os juros futuros só não caem mais fortemente neste início de sessão porque o resultado da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de julho do IBGE veio mais forte do que estimava a maioria dos analistas do mercado financeiro. O volume de serviços teve alta de 0,8% em julho ante junho, no teto do intervalo captado pelo Projeções Broadcast. O resultado tende a exigir uma recalibragem das apostas de economistas de corte mais forte da Selic, que indicam uma taxa básica aquém dos 5%.

No mês anterior, o resultado foi revisto de uma queda de 1,0% para recuo de 0,7%. Na comparação com julho do ano anterior, houve alta de 1,8% em julho de 2019, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões iam de queda de 0,9% a aumento de 1,8%, também superando a mediana de 0,6%. A taxa acumulada no ano foi de 0,8%. Em 12 meses, houve elevação de 0,9%.

O DI para janeiro de 2021 abriu a 5,350% ante 5,378% no ajuste de quarta-feira (11). O DI para janeiro de 2023 abriu a 6,420% ante 6,451% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2025 abriu a 6,960% ante 7,001% no ajuste de ontem.

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Nos Estados Unidos, os rendimentos dos Treasuries já caíam antes da decisão de política monetária do BCE, mas aprofundaram o movimento com as informações, enquanto os de bônus europeus viraram para o negativo após a instituição anunciar um corte de 10 pontos-base da sua taxa de depósitos, para -0,50%, e a retomada das compras líquidas de ativos sob o afrouxamento quantitativo (QE) a partir de 1º de novembro, ao ritmo de 20 bilhões de euros por mês e “por tanto tempo quanto for necessário para reforçar o impacto acomodatício das suas taxas e a terminar pouco tempo antes de o BCE começar a elevar as taxas de juro”.