Juros bancários são os maiores desde abril de 2007

Os juros cobrados pelos bancos nas operações de crédito do sistema financeiro subiram em junho, pelo segundo mês consecutivo, informou nesta terça-feira (29) o Banco Central. No conjunto de todas as operações livres – em que não há destinação específica para os recursos – a taxa média subiu de 37,6% ao ano em maio para 38% ao ano em junho. Com esse aumento, o juro subiu para o maior nível desde abril de 2007, quando estava em 38,1% ao ano. No acumulado de 12 meses até junho, o juro acumula aumento de 1,3 ponto porcentual.

O aumento das taxas de juros cobradas ocorreu pelo comportamento dos empréstimos para as pessoas físicas. Nessas operações, a taxa passou de 47,4% ao ano em maio para 49,1% ao ano em junho e atingiu o mesmo nível de abril de 2007, quando também estava em 49,1% ao ano. Nos últimos 12 meses até junho, essas operações acumulam aumento da taxa de 1,3 ponto porcentual.

Nas operações para as empresas, o juro seguiu tendência contrária e houve redução de 26,9% ao ano para 26,6% ao ano, na passagem de maio para junho. Mas, no acumulado em 12 meses até o mês passado, a tendência também é de alta e o juro subiu 2,9 pontos porcentuais no período.

Spread

O spread bancário (diferença entre a taxa de captação dos bancos e de empréstimo) nas mesmas operações permaneceu em 24,5 pontos porcentuais em junho, igual patamar de maio. O comportamento nos diferentes empréstimos, no entanto, foi distinto.

Nas operações para as famílias, houve aumento do spread de 1,2 ponto, de 33,5 pontos para 34,7 pontos entre maio e junho. No crédito para empresas, o spread caiu 0,6 ponto, de 14,5 pontos para 13,9 pontos. Em 12 meses, o spread geral caiu 1,3 pontos. Nos empréstimos para pessoas físicas, houve redução acumulada de 2,4 pontos e para as empresas, aumento de 1,3 ponto porcentual.

Inadimplência

A taxa de inadimplência nas operações de crédito do sistema financeiro caiu de 4,3% em maio para 4% em junho, informou o Banco Central. No período acumulado dos últimos 12 meses até junho, a parcela dos empréstimos com atraso superior a 90 dias acumula redução de 0,7 ponto porcentual.

Nas operações para as pessoas físicas, a inadimplência caiu de 7 4% para 7%, entre maio e junho. No acumulado de 12 meses, a redução é menor, de apenas 0,1 ponto porcentual.

Nas operações voltadas às empresas, o porcentual de parcelas em atraso caiu de 1,8% para 1,7%, em base mensal. Em 12 meses, a redução acumula 0,8 ponto porcentual até junho.

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