Juros ao consumidor tiveram alta de 1,84%

Pelo segundo mês seguido, os juros do empréstimo pessoal dos bancos apresentaram alta. Em julho, houve uma elevação de 1,84% nas taxas dessa linha de crédito, utilizada pelo consumidor para saldar dívidas, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Entre as seis modalidades de financiamento de pessoa física pesquisadas pela entidade, essa foi a única que teve alta no mês passado.

De acordo com o coordenador da pesquisa da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, os bancos elevam as taxas desse tipo de empréstimo devido a um aumento da demanda.

“Com a demanda maior por esse tipo de linha, os bancos aumentam essa taxa, até para recompor margem de lucro, uma vez que as de outras modalidades, com juros mais altos, como cheque especial, estão em queda”, disse Ribeiro.

Segundo ele, o consumidor usa o empréstimo pessoal de bancos, que tem uma das taxas mais baixas, para pagar outras dívidas. Com a alta em julho, os juros dessa modalidade de crédito saltaram de 5,98% para 6,09% ao mês (ou 103,28% ao ano).

As taxas dos CDCs (Crédito Direto ao Consumidor) dos bancos e do empréstimo pessoal das financeiras, que tinham subido em junho, voltaram a cair em julho. Também tiveram queda os juros do cheque especial, do cartão de crédito e do comércio.

A maior redução para pessoa física registrada pela Anefac foi para o CDC, que teve queda de 3,21%, passando para 3,62% ao mês (ou 53,22% ao ano). Os juros praticados pelo comércio caíram 0,50%, ficando em 6,01% ao mês (ou 101,45% ao ano).

Também houve queda, de 0,24%, para a taxa de juros do cheque especial, que passou para 8,26% ao mês (ou 159,19% ao ano). Já os juros do cartão de crédito caíram 0,10%, ficando em 10,11% ao mês (217,63% ao ano). As taxas praticadas pelas financeiras também tiveram ligeira queda (0,16%), para 12,18% ao mês (ou 297,18% ao ano).

Nas operações para pessoa jurídica, três linhas tiveram reduções (capital de giro, desconto de duplicada e desconto de cheque) e uma ficou estável (conta garantida), fazendo com que a taxa média geral caísse 1,32%, passando para 4,50% ao mês (ou 69,59% ao ano). Em julho, para pessoa jurídica, a maior redução foi detectada para desconto de duplicada (3,70%), ficando os juros em 3,90% ao mês (ou 58,27% ao ano).

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