Juro futuro recua com dólar, IGP-10 e vendas no varejo

O dia começou favorável à continuidade do bom humor que caracterizou o mercado na sexta-feira: o ambiente externo segue tranqüilo, o dólar caiu abaixo do R$ 1,90 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e os dados de venda no varejo vieram no piso das estimativas. Profissionais consideram que há espaço para os juros recuarem com mais força ao longo do dia. O primeiro motivo é, sem dúvida, a forte baixa do dólar. Enquanto o dólar mostrar-se fraco frente ao real, há motivo para apostar na permanência do processo de alívio monetário.

O resultado das vendas do varejo de abril, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também é argumento para queda das taxas. As vendas cresceram 0,4% em abril ante março, na série com ajuste sazonal. Na comparação com abril de 2006, as vendas do setor subiram 7,5%. O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de junho, por sua vez, veio abaixo das apostas. Mostrou alta de 0,15%, ante previsões entre 0,18% a 0 41%.

Por fim, a pesquisa Focus, do Banco Central (BC), mostrou estabilidade na maior parte das projeções de inflação – contrariando a expectativa de profissionais de que haveria uma nova rodada de elevação dessas estimativas. No caso do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado pelo governo para balizar a meta de inflação, houve correção para cima na projeção para 2007 pelas instituições Top 5 (as cinco que mais acertam suas estimativas) no cenário de médio prazo de 3,48% para 3,50%.

Além disso, o clima externo tranqüilo, com os índices futuros das bolsas norte-americanas mostrando ligeira alta, abre espaço para o mercado doméstico reagir ao noticiário interno. No entanto, a queda das taxas neste início de pregão é modesta. Às 10h13, o contrato do DI para janeiro de 2010 projetava taxa a 10 27% ao ano, ante 10,32% na sexta-feira. O DI para janeiro de 2009 tinha taxa a 10,45% ao ano (10,47% na sexta).

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