Juro do cheque especial está ainda mais caro

Pegar dinheiro emprestado usando o cheque especial ficou mais caro em novembro, depois de seis meses de relativa estabilidade. A taxa média anual subiu 2,4 pontos percentuais, passando de 158,5% ao ano em outubro para 160,9% em novembro. Trata-se do maior patamar desde junho de 2000. No trimestre, os juros do cheque especial ficaram 2,8% mais altos.

A taxa média de juros cobrada em operações prefixadas, de 68,9% em novembro, é a maior desde fevereiro de 2000, ressaltou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes. O maior aumento nessa modalidade de juro foi a das taxas de empréstimos direcionados às pessoas físicas, que subiram 3,6 ponto percentual, para 82,9% ao ano.

Lopes considerou ” bastante elevadas ” as taxas médias de juros cobradas para pessoa física em novembro. O técnico ressaltou que esses patamares estão sob efeito da elevação da taxa básica realizada em novembro, para 22% ao ano. Assim, Lopes prevê novo crescimento nos juros para pessoa física, uma vez que o BC elevou a Selic para 25% nesta semana.

Os empréstimos para pessoa física, na modalidade crédito pessoal, também ficaram mais caros em novembro (4,5%), passando de 88,8% ao ano para 93,3% ao ano. Foi a modalidade de crédito que registrou a maior alta da taxa de juros no mês passado, que já acumula alta de 9,6% nos últimos três meses.

Segundo o Banco Central, a taxa mais alta é explicada pela “ausência de garantias reais associadas aos empréstimos “.

A taxa média de juros bancários também subiu no mês passado, registrando 49,5% ao ano. Houve alta de 4,1 pontos perante a média de outubro, que foi de 45,4% anuais. Esse percentual de 49,5% corresponde à médias das taxas cobradas em operações prefixadas, pós-fixadas e flutuantes.

Tomando-se apenas as operações prefixadas, a taxa média subiu para 68,9% em novembro, ante 65,8% em outubro.

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