Enquanto o mercado financeiro aumenta a aposta de que a taxa básica da economia deve ser reduzida na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em outubro, bancos continuam a elevar juros cobrados dos clientes. Quatro das linhas de crédito mais populares entre famílias e empresas e que envolvem o cheque especial e o cartão de crédito tiveram alta das taxas e atingiram em agosto o maior juro na série histórica do Banco Central.

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Dados apresentados mais cedo pelo Banco Central mostram que duas das linhas mais populares entre os brasileiros bateram um novo recorde de juro alto no mês passado. O juro médio cobrado no crédito rotativo do cartão subiu de 471,7% em julho para 475,2% em agosto – o maior patamar da série iniciada em março de 2011. Um ano atrás, o juro dessa linha de crédito estava, na média, em 403,5% ao ano.

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Outro juro médio que bateu recorde é o cheque especial, cuja taxa subiu de 318,4% para 312,1% ao ano. Nesse caso, é o maior patamar da série iniciada em julho de 1994.

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O mesmo fenômeno também é visto no crédito para as empresas. Pessoas jurídicas que tentam antecipar cheques pré-datados pagavam juro de 47,3% em julho e o custo passou para 47,6% em agosto – maior valor da série histórica. Também cresceu o custo para o recebimento antecipado de recebíveis de cartão de crédito, cuja taxa aumentou de 45,1% para 45,8% ao ano – novamente, maior valor da série.