O esforço da equipe econômica em aumentar as operações de crédito com juros menores dá sinais de que começa a surtir efeito. Em abril, o juro médio do cheque especial, tradicionalmente uma das linhas de empréstimo mais caras para os consumidores pessoa física, caiu 10,9 pontos porcentuais. A retração levou a taxa média dos bancos a baixar de 185% ao ano para 174,1% anuais. O menor patamar desde fevereiro de 2011.
“A despeito dessa queda bastante significativa, a modalidade mantém o custo bastante elevado”, destacou o chefe do departamento econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel. A redução dos juros do cheque especial se dá em meio ao esforço do governo em fazer com as taxas cobradas dos consumidores pelos bancos nas operações de crédito fiquem menores. Em abril, instituições públicas reduziram os juros, movimento que foi seguido pelos bancos privados.
Entre as demais linhas de financiamento, o crédito pessoal, uma opção mais barata, apresentou taxa média de 44,7% em abril. Na comparação com março, houve redução de 4,1 pontos porcentuais. A redução dos juros também beneficia as empresas. Em abril, a média cobrada no capital de giro caiu de 25,2% para 23% ao ano, o menor patamar da série histórica. Na conta garantida (o cheque especial das pessoas jurídicas), a taxa caiu 3,7 pontos, para 103,5%.