Um jornal oficial da China alertou os Estados Unidos a não exigirem muito de Pequim num momento em que autoridades dos dois países se preparam para um segundo dia de negociações nesta terça-feira para tentar reverter sua batalha de tarifas.

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O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, está lidando com uma China cada vez mais forte que tem suas próprias necessidades imediatas, afirmou o Global Times, que é publicado pelo Partido Comunista chinês. Segundo o jornal, Washington “não pode pressionar a China demasiadamente” e deve evitar uma situação que “saia do controle”.

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Negociadores de ambos os lados retomaram conversas ontem, em Pequim, numa tentativa de superar divergências comerciais que começaram com acusações por Washington de que a China tem forçado empresas americanas que operam no país asiático a transferir tecnologia. Até o momento, não houve sinais claros de avanço no sentido de uma solução para o impasse.

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Na segunda metade do ano passado, o governo americano elevou tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses para até 25%. Em retaliação, Pequim impôs tarifas punitivas a US$ 110 bilhões em bens americanos.

Na avaliação do Global Times, o peso da economia chinesa significa que Pequim “poderá se engajar num boicote (comercial) ainda mais intenso” com os EUA, se necessário.

Em 1º de dezembro, Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, concordaram em suspender a aplicação de novas tarifas por 90 dias. Economistas, porém, dizem que o período da trégua é muito curto para resolver questões que prejudicam as relações sino-americanas há muitos anos. Fonte: Associated Press.