A Fiat e a General Motors estão analisando a fusão de suas operações na Europa e na América Latina para cortar custos de forma radical e obter lucro, informou o jornal britânico The Independent na edição de ontem, citando fontes próximas às duas companhias.
A operação resultaria na demissão de 120 mil trabalhadores na Europa, em decorrência da sobreposição de atividades entre as duas montadoras, que levaria ao fechamento de fábricas. Mas, pelo mesmo motivo, a fusão pode esbarrar na avaliação de órgãos responsáveis pela concorrência, alerta o jornal.
A General Motors já detém 20% da Fiat e esta tem 6% da companhia norte-americana. Pelo acordo, a GM tem a opção de comprar os demais 80 por cento a partir de 2004. As duas companhias já trabalham de forma conjunta na área de compras e na construção de motores e câmbios.
Qualquer fusão, no entanto, deverá enfrentar sérios obstáculos impostos pelas leis antitruste. Um porta-voz da Fiat se recusou a comentar sobre qualquer estudo que esteja sendo realizado pelas duas empresas. Segundo o jornal, ele negou que o grupo italiano esteja pensando em abandonar a produção de carros e que nenhuma decisão sobre a divisão automobilística será tomada até março de 2004, data limite estabelecida pelo plano de recuperação da empresa.
O porta-voz da GM em Zurich, Stefan Weinmann, por sua vez, não negou nem confirmou a reportagem. Segundo ele, a empresa continua examinando diversos cenários e se preparando para qualquer oportunidade que surja no futuro.
No entanto, “é muito cedo para dizer concretamente como as duas empresas vão conviver se a GM comprar 100% da Fiat Auto??.