Trabalhadores vinculados ao maior sindicato da Itália fazem uma greve hoje contra os cortes de gastos de um plano de austeridade do governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. A intenção da administração italiana é controlar o déficit público. Há protestos em Roma, na cidade de Nápoles, no sul do país e na capital econômica da Itália, Milão.

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A paralisação foi convocada pelo sindicato CGIL. No transporte público, o protesto foi limitado a apenas quatro horas, enquanto outros trabalhadores do setor público e privado cruzaram os braços por oito horas. Em Milão, as três linhas de trem subterrâneo estavam operando normalmente, segundo a companhia ATM. Já em Roma, no aeroporto de Fiumicino, cinco voos haviam sido cancelados até as 6 horas (horário de Brasília).

Alguns pilotos, comissários de bordo e funcionários de aeroportos fizeram uma greve das 5 às 9 horas (de Brasília). Já o transporte ferroviário deve ser afetado no período entre 9 e 13 horas. No entanto, o operador nacional no setor de trens, Trenitalia, garantiu que não haverá problemas para os usuários.

A previsão era de que os trabalhadores do setor de ferry, que operam para as várias ilhas da Itália, os operadores de portos e os funcionários de pedágios nas estradas cruzassem os braços por quatro horas. A recomendação para os caminhoneiros era para que eles parassem o dia todo.

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Em uma tentativa de melhorar as finanças públicas e passar confiança aos mercados, o governo de centro-direita aprovou no mês passado um plano de austeridade no valor de 24,9 bilhões de euros, válido para o período entre 2011 e 2012. Com as medidas, o governo Berlusconi pretende reduzir o déficit público para 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) da Itália num período de dois anos. Assim, o país se adequaria à meta da União Europeia (UE) de que o déficit dos países-membros não supere 3% do PIB. Atualmente, o déficit italiano é de 5,3% do PIB.

Em maio, o governo italiano reduziu sua previsão de crescimento do PIB para 2011, de 2,0% para 1,5%. O governo espera que o país cresça 1%, em 2010, e 2,0%, em 2012. Os trabalhadores na região do Piemonte e da Ligúria, no norte italiano, e da Toscana, no centro do país, planejam fazer uma greve no dia 2 de julho. As informações são da Dow Jones.

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