A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou abril em 0,64%, ante uma variação de 0,21% em março, informou nesta quarta-feira (09) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado de abril foi o maior desde abril de 2011, quando a taxa foi de 0,77%. O IPCA é o índice utilizado pelo Banco Central para balizar a política monetária.

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O resultado ficou perto do teto do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que iam de uma taxa de 0,48% a 0,65%, e superou a mediana de 0,60%. No ano, o IPCA acumula alta de 1,87%, e, nos 12 meses encerrados em abril, a variação acumulada é de +5,10%.

Os cigarros confirmaram-se como a maior pressão sobre a inflação do mês de abril. Os preços subiram 15,04%, após o reajuste médio de 25% em vigor desde 6 de abril. A contribuição dos cigarros foi de 0,12 ponto porcentual na taxa de 0,64% do IPCA do mês passado.

Junto com os preços em alta de empregados domésticos, que subiram de 1,38% em março para 1,86% em abril, os cigarros levaram o grupo Despesas Pessoais a exercer o maior impacto de grupo no IPCA de abril. A taxa de Despesas Pessoais foi de 2,23%, o que resultou numa contribuição de 0,22 ponto porcentual na inflação. Outros itens que exerceram pressão no grupo em abril foram excursões (1,88%), hotéis (1,63%) e serviços bancários (1,42%).

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INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,64% em abril, após ter registrado alta de 0,18% em março, conforme dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE. Com o resultado, o índice acumulou uma alta de 1,73% em 2012 e de 4,88% nos 12 meses encerrados em abril. O INPC mede a variação de preços entre as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.

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O IBGE também divulgou o Índice Nacional da Construção Civil (INCC/Sinapi), que variou 0,64% em abril, após uma alta de 0,31% em março. Com isso, o indicador acumula em 2012 alta de 1,87% e, nos 12 meses encerrados em abril, aumento de 5,86%.

De acordo com o IBGE, o custo nacional da construção alcançou R$ 824,81 por metro quadrado em abril, acima dos R$ 819,53 por metro quadrado estimados em março. A parcela dos materiais recuou 0,04%, enquanto o custo da mão de obra subiu 1,46% em abril, ante 0,63% em março.