Internautas desaprovam a recriação da CPMF

Uma possível reedição da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), anunciada por líderes de partidos da base governistas no Congresso, está sendo debatida por internautas no fórum virtual de discussão da Rede de Participação Política do Empresariado ? www.redeempresarial.org.br

Aproximadamente 70% dos internautas, que postaram comentários até a manhã desta quinta-feira (17) no site da Rede, condenam a idéia de um novo imposto e reprovam qualquer medida adotada futuramente em aumentos de impostos ou a criação de novas fontes de arrecadação que resulte em penalizar ainda mais o contribuinte. Já os demais participantes, sinalizam como solução uma aplicação correta e coerente do dinheiro público aliado a uma eficaz fiscalização.

Alguns internautas aprovariam a idéia da recriação da CPMF, com alíquota de 0,20% e a promessa de que o destino seja exclusivamente a saúde pública, desde que a proposta seja incluída em um projeto de reforma tributária.  Como no caso do internauta em Ponta Grossa, Jan Petter, que concorda dizendo que a reforma tributária ?visa realmente melhorar a eficiência da aplicação dos tributos arrecadados e não o fomento de empregos políticos corriqueiros muitas vezes nos dias atuais?.

Muitas mensagens salientam alternativas viáveis para compensar a perda de R$40 bilhões com o fim da CPMF. ?A extinção da CPMF foi uma das raras conquistas políticas do Senado da República. Através de seus representantes, a sociedade disse não a esse imposto ou taxa. Portanto, o tema não deve ser retomado pelo governo. Mais impostos e mais dívida é uma prática que está vencida, atingiu o estágio de fadiga operacional. Está mais do que hora de o governo cortar despesas, reduzindo ministérios, diretorias, cargos de confiança, etc?, comenta o internauta Moacir Moura, de Curitiba.

A má distribuição dos recursos é apontada como uma das principais causas do descontentamento do contribuinte em relação à cobrança de impostos. ?Hoje ainda vi o presidente Lula anunciar o investimento de U$ 900 milhões em Cuba para construção infra-estrutura, enquanto falta investimento em infra-estrutura em nosso país. Além disso, se o Brasil fosse administrado como uma empresa por certo em poucos anos teríamos um país muito diferente do que é hoje?, argumenta o participante da Rede, Osmar dos Anjos, de Curitiba.

Defensores da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, como Saudi Mensor, em Francisco Beltrão, por exemplo, também cobram uma maior fiscalização do Executivo e um bom planejamento das aplicações dos recursos. ?Eu gostava do modelo de cobrança da CPMF. Logo depois que foi derrubada a CPMF, andei perguntando para muita gente se tinham gostado do resultado de derrubar a CPMF. Muitos falavam que sim. Então eu perguntava quanto ele pagava por ano de CPMF, todos pagavam um valor irrisório. Então percebendo que o montante arrecadado era importante para dar andamento no processo de desenvolvimento do país. A opinião destes mudava rapidamente. Critico os deputados; senadores e a imprensa que não fez esta avaliação. Ninguém ganhou com a derrubada da CPMF. Acho que se voltasse a CPMF de 0,20% não seria ruim O que precisamos é cada vez mais fiscalizar e cobrar dos executivos um bom planejamento das aplicações destes recursos?, analisa.

O tema continua em debate no site www.redeempresarial.org.br até a próxima segunda-feira (21).

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