O ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, e o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fabio Barbosa, anunciaram nesta terça-feira (11) um acordo segundo o qual até setembro de 2008 a prestação de serviços de pagamento de 25 milhões de aposentados e pensionistas do INSS não será remunerada pelo governo. Desde setembro, o INSS já não paga aos bancos pelo serviço, já que se encerrou o contrato, e o governo vinha insistindo na necessidade de receber dos bancos pelo direito do pagamento da folha.

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Segundo Marinho, foi criado hoje um grupo de trabalho que terá até maio do ano que vem para propor um modelo no qual seja colocado o preço da folha de pagamentos do INSS. Enquanto vigorar o acordo, o governo vai economizar R$ 250 milhões. "Fizemos um acordo de transição e demos um passo ao economizar R$ 250 milhões por ano. A partir daqui, só enxergamos a possibilidade de receber, e não voltar a pagar aos bancos", disse o ministro.

O presidente da Febraban destacou que o grupo de trabalho poderá chegar à conclusão de que há necessidade de aumentar a eficiência no serviço prestado. Barbosa negou que se trate de um calote do governo, porque houve o fechamento de um acordo.

O acordo ainda prevê que a partir deste mês o período de pagamento dos aposentados e pensionistas será ampliado dos atuais cinco dias úteis para dez dias úteis, sempre com início nos cinco últimos dias úteis do mês anterior.

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O INSS estima que 8,5 milhões de pessoas serão beneficiadas com essa antecipação. Para os bancos, a vantagem da ampliação do prazo de pagamento está na redução de custos operacionais, pois desconcentra o movimento nas agências nesse período.