Inflação sobe para 0,42% em junho e ameaça metas do governo

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dobrou entre maio e junho, passando de 0,21% para 0,42%. O resultado elevou o índice acumulado no ano para 2,94%, aproximando-se em seis meses da meta de 3,5% estabelecida para o ano inteiro (com variação de dois pontos porcentuais para cima ou para baixo).

O IPCA é o índice utilizado pelo governo no programa de metas de inflação. Em 12 meses até junho, a taxa teve variação de 7,66%. Os preços administrados, especialmente o gás de cozinha, permanecem como principais vilões da inflação, tanto no mês quanto no semestre.

Em junho, o gás de cozinha, com reajuste médio de 9,02% para os consumidores, contribuiu sozinho com 0,14 ponto porcentual da inflação. Os aumentos do gás liquefeito de petróleo (GLP) são reflexo da retirada, no início do ano, do subsídio que havia para o produto, que passou a acompanhar as variações de preço do mercado internacional.

Outra contribuição decisiva para a elevação da taxa em junho foi dada pelos ônibus urbanos (2,44%). Somente o gás e o ônibus foram responsáveis, juntos, por 0,26 ponto porcentual do IPCA, ou mais da metade da taxa do mês.

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