Indústrias de eletros devem contratar 9.000

As pesquisas de emprego dos últimos meses mostram crescimento na contratação nas indústrias de eletrodomésticos e de outros bens de consumo duráveis. Um dos motivos é que, com a queda dos juros em relação ao ano passado, a oferta de crédito ficou mais barata. Por isso, ficou mais fácil comprar geladeiras, fogões e televisões em prestações.

Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), entre janeiro e julho deste ano, 5.200 pessoas foram contratadas. Até o fim do ano, a associação estima que o saldo de novas vagas chegue a 9.000.

Os dados são mais animadores quando comparados a 2003. “No ano passado, tivemos um saldo negativo, com 1.300 vagas fechadas no País todo”, diz Cezar Rochel, gerente do departamento de economia da Abinee. “O setor está contratando desde agosto de 2003, mas só neste ano o saldo ficou positivo”, diz.

Rochel lembra, no entanto, que as admissões na área não são só ligadas aos bens de consumo. “Esse é só um dos setores. Temos oito segmentos na indústria elétrica e eletrônica, e todos eles estão gerando emprego.”

Entre os segmentos estão automação industrial, componentes eletrônicos, equipamentos industriais, informática e telecomunicações.

Dados da Abinee de julho mostram que a indústria elétrica e eletrônica tem 127.800 trabalhadores. Em dezembro, esse número era de 122.600.

Segundo Rochel, no ano que vem, as contratações devem aumentar ainda mais. “Se o PIB aumentar de 3% a 3,5%, como o previsto, a indústria deve continuar crescendo.”

Metrópoles

O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, disse ontem que é preciso trabalhar para o aumento do emprego nas regiões metropolitanas, enquanto se festeja vagas no interior.

Uma das maneiras para que isso aconteça é baratear a oferta de crédito não só para o consumo, mas principalmente para a produção. “O grande desafio é fomentar a geração de empregos na Região Metropolitana. Estamos trabalhando para diminuir o custo do crédito e viabilizar o financiamento”, disse.

O ministro afirmou que pretende duplicar a verba direcionada à intermediação entre a captação de vagas e o trabalhador.

O objetivo é “aproximar o trabalhador de sua oferta de trabalho”, além de melhorar a qualificação profissional oferecida pelos postos de emprego.

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