Industriais pedem queda do compulsório bancário

A redução do depósito compulsório é apontada pela Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) como a maneira mais rápida de aumentar o crédito disponível no mercado para elevar as vendas do setor. Caso contrário, o “espetáculo do crescimento”, prometido pelo governo, será adiado por mais tempo.

Segundo a diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Clarice Messer, para que essa medida tenha efeito ainda este ano – a partir de agosto -, seria necessária uma redução no compulsório de 60% para 45%, nível de fevereiro de 2003. “Essa seria a forma mais rápida de promover uma retomada no curto prazo”, afirmou Clarice.

A Fiesp registrou uma queda de 0,2% na produção na comparação abril/maio e espera resultados negativos para os próximo dois meses, devido à dificuldade das empresas em desovar estoques. Para Clarice, uma melhora nesse quadro dependeria de alguma medida do governo para baratear o crédito e aumentar o consumo.

“A queda da produção nos próximos dois meses não é inevitável, mas dependeria de mudanças como um novo acordo comercial para exportações ou algum tipo de incentivo ao crédito”, afirmou.

Para ela, para evitar a retração projetada para os próximos dois meses seria necessária uma redução uma queda mais elevada para o compulsório, de 60% para 30%.

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