Indústria teve crescimento de 1,91% em 2002

As vendas reais da indústria paranaense em 2002 foram 1,91% maiores que em 2001, conforme a análise conjuntural divulgada ontem pela Fiep (Federação das Indústrias do Paraná). Em dezembro, porém, o setor registrou queda real de 0,56% frente a novembro. “As exportações garantiram o crescimento da indústria do Paraná no ano passado”, destacou o presidente da Fiep, José Carlos Gomes Carvalho. No último ano, houve acréscimo de 15,68% nas vendas para o exterior e de 5,21% nas vendas para outros estados, mas as vendas dentro do Paraná recuaram 0,56%. Em 2001, o segmento registrou seu maior crescimento de vendas: 24,25%.

Os setores vinculados à exportação tiveram os maiores aumentos de vendas em 2002: produtos farmacêuticos e veterinários (37,01%), madeira (29%), papel e papelão (21,63%), mobiliário (21,40%) e mecânica (15,26%). As maiores quedas aconteceram em: material elétrico e de comunicações (-57,43%), bebidas (-30,56%) e vestuário, calçados e artefatos de tecidos (-15,11%). Já as compras industriais registraram incremento de 11,86% em 2002.

O nível de emprego industrial teve elevação de 8,51% no ano passado, apesar da retração de 2,32% verificada em dezembro. Os setores que mais aumentaram o quadro pessoal em 2002 foram: produtos farmacêuticos e veterinários (27,30%), química (21,13%) e editorial e gráfica (16,48%). As maiores reduções ocorreram em: vestuário, calçados e artefatos de tecidos (-13,54%), material de transportes (-12,42%) e material elétrico e de comunicações (-11,46%).

Graças ao bom desempenho das exportações, beneficiado pela alta do dólar, o Paraná saltou de sexto para terceiro lugar entre os estados que mais contribuíram para o superávit da balança comercial brasileira, atrás de Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Com superávit de U$ 2,36 bilhões, fruto de U$ 5,7 bilhões em exportações e U$ 3,33 bilhões em importações, o Estado foi responsável por 18,02% do superávit nacional. Carvalho não arrisca uma projeção para 2003. “Em situações normais, o setor esperava 2 a 3% de acréscimo, mas a guerra rondando fura qualquer previsão”.

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