Indústria prevê elevar a capacidade em 11% no ano

As indústrias esperam elevar em 11%, em média, a sua capacidade instalada este ano. Esse porcentual de expansão na capacidade é o maior nos últimos cinco anos. É o que revela a pesquisa Quesitos Especiais da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, cuja edição é referente ao período de janeiro e fevereiro deste ano, anunciada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a análise, para o triênio 2008-2010, a expansão da capacidade de produção projetada é de 22% – o maior porcentual da série desde janeiro de 2005.

A forte demanda interna foi apontada como uma das grandes razões para aumentos nos investimentos de capacidade, sendo lembrada por 87% das empresas pesquisadas. Apenas 2% dos entrevistados a consideraram como fator de influência negativa. Já a demanda externa foi apontada como influência positiva por 52% das empresas consultadas. Apenas 10% das companhias pesquisadas citaram a procura internacional como fator negativo.

Outro fator lembrado pelas empresas como justificativa para aumento na capacidade foi a expectativa de rentabilidade com novos investimentos, citado por 88% das empresas entrevistadas (85% em 2007). A FGV informou ainda que 38% das empresas avaliaram como positivas as atuais condições de financiamento.

Porém, a fundação informou que a taxa de juros foi o único fator avaliado em que a proporção dos que a consideram ter uma influência negativa sobre o investimento superou a dos que indicam influência positiva em 2008: 36% contra 23%, respectivamente.

A pesquisa Quesitos Especiais é feita com regularidade pela FGV, que realiza uma abordagem especial nos dados da Sondagem da Indústria, sobre um tema específico. Entre 3 de janeiro e 28 de fevereiro, foram entrevistadas 381 empresas para as perguntas sobre investimentos em capacidade instalada; e 710 companhias para perguntas sobre fatores que influenciam investimentos.

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