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Indústria paranaense ainda não se recuperou da crise

O indicador do emprego na indústria paranaense ficou estável, em julho, em relação aos registrados nos dois meses anteriores. A queda, de 7,35% em relação a julho do ano passado, é próxima ao índice nacional, de 7%, e aos apresentados em maio e junho no Estado, na comparação com os mesmos meses de 2008.

No acumulado do ano, o número de pessoal ocupado na indústria do Paraná está em queda de 7,14%, também frente ao mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o declínio é menos intenso: 4,5%. As médias nacionais ficaram, respectivamente, em -5,36% e -2,69%.

As informações foram divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No levantamento, também foi apontado que a folha de pagamento real, no Paraná, recuou 5,13% em relação a julho do ano passado.

No acumulado de janeiro a julho, também há declínio, de 2,38%. Já nos últimos 12 meses, o IBGE aponta crescimento de 1,96%. As médias nacionais ficaram em -3,85% em julho, -1,64% no ano e 1,51% nos últimos 12 meses.

Na separação por atividades, apenas um segmento de papel e gráfica, com 0,06% não teve queda, no Paraná, no índice de pessoal ocupado assalariado de julho.

O maior recuo foi no setor de produtos químicos, com -18,28%, seguido pelo de madeira, com -18,03%. Os segmentos de vestuário (-15,03%), borracha e plástico (-14,39%), calçados e couro (-14,23%), máquinas e equipamentos (-11,77%) e têxtil (-8,39%) também tiveram quedas acima da média do Estado.

No acumulado do ano, quatro setores apresentam crescimento: fumo (18,44%), refino de petróleo e álcool (10,58%), produtos de metal, excluindo máquinas e equipamentos (3,24%) e máquinas e equipamentos elétricos, eletrônicos, de precisão e de comunicação (0,88%).

As maiores quedas são nas atividades da madeira (-23,33%), produtos químicos (-20,31%) e vestuário (-18,66%). A madeira também é o setor com o maior recuo (-21,08%) nos últimos 12 meses.

Na folha de pagamento real índice que mede o total da folha do pessoal ocupado assalariado, descontada a inflação , as maiores quedas vêm do vestuário (-18,6%), borracha e plástico (-14,89%) e calçados e couro (-12,2%).

O maior avanço veio do setor de máquinas e equipamentos elétricos, eletrônicos, de precisão e de comunicação, cujos índices foram os que mais aumentaram em julho (5,56%) e no ano (9,3%).

Em 2009, a maior queda vem do vestuário, com -18,71%. Nos últimos 12 meses, o maior aumento na folha foi no refino de petróleo e álcool (18,27%) e a maior queda, no setor de calçados e couro (-14,7%).