Indústria do Paraná cresceu 11,3%

A produção industrial do Paraná cresceu 11,3% no primeiro semestre de 2008, na comparação com igual período do ano passado. Foi o segundo melhor resultado do País, atrás apenas do Espírito Santo, onde o crescimento foi de 16,1%.

O setor automotivo foi o grande propulsor da economia, com expansão de 33,9% na produção. O setor de edição e impressão aparece logo em seguida, com crescimento de 32,2%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as 14 regiões pesquisadas apresentaram índices positivos nesta comparação. A média nacional ficou em 6,3%.

De acordo com o IBGE, o aumento na fabricação de caminhões puxou o crescimento do setor automotivo no Paraná. Na indústria de edição e papel, o destaque ficou por conta dos livros ou impressos didáticos.

Também tiveram bom desempenho as indústrias de máquinas e equipamentos – com crescimento de 19,5%, por conta da maior produção de máquinas para colheita e tratores agrícolas – e celulose e papel, com expansão de 14,8%, puxado pela cartolina.

Por outro lado, o impacto negativo mais significativo veio da indústria de alimentos, com queda de 3,2% na produção, principalmente devido ao decréscimo nos itens carnes e miudezas de aves.

Na comparação com junho do ano passado, o crescimento da produção industrial do Paraná foi de 12,7% – vigésima primeira taxa positiva consecutiva e o segundo melhor desempenho do País, atrás apenas de Goiás, onde a expansão foi de 16,6%. Na média nacional, o avanço foi de 6,6%.

Em junho, dez dos quatorze ramos pesquisados contribuíram positivamente para o resultado, sobressaindo veículos automotores (com crescimento de 26,2%), edição e impressão (98,5%), minerais não-metálicos (37,2%), máquinas e equipamentos (11,3%) e celulose e papel (14,6%).

Os produtos de maior destaque nesses segmentos foram, respectivamente: caminhões; livros e impressos didáticos; cimento; máquinas para colheita e tratores agrícolas; cartolina.

Por outro lado, a pressão negativa mais significativa foi exercida por alimentos (-3,3%), em função, sobretudo, dos decréscimos na fabricação de açúcar cristal e óleo de soja refinado.

Já na comparação com maio, a indústria do Paraná desacelerou, e a produção caiu 1%. Nesta mesma comparação, a produção industrial nacional avançou 2,7%.

Na análise trimestral, a produção acumulada no segundo trimestre de 2008 avançou 12,3%, ritmo superior ao do primeiro trimestre deste ano (10,2%), sendo esse resultado o sétimo positivo consecutivo.

Entre os períodos janeiro-março e abril-junho, oito atividades aumentaram suas participações na composição da taxa global, com destaque para a expressiva contribuição de edição e impressão, que passou de 1,9% para 75,1%.

De acordo com o IBGE, este resultado se justifica pelo aumento de encomendas especiais de livros e impressos didáticos, conjugado com uma baixa base de comparação em maio e junho de 2007.

As vendas, por sua vez, avançaram 12,76%

As vendas industriais paranaenses no primeiro semestre de 2008 aumentaram 12,76% em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas para outros estados foram as que mais se sobressaíram, com crescimento de 14,12%; as vendas dentro do Paraná, com aumento de 11,84%, aparecem logo em seguida. Já as exportações expandiram 11,58%. Os dados são Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

Segundo a Fiep, 2008 deve figurar como o melhor ano em vendas industriais de toda a série histórica pesquisada pela entidade, desde 1986. “O crescimento tem dois propulsores: a recuperação da agroindústria paranaense, aliada ao elevado preço internacional das commodities produzid,as no Paraná e o não aparecimento de problemas fitossanitários; e o forte aumento do crédito pessoal, que tem elevado a demanda por veículos, expandindo as vendas do gênero”, explicou o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt.

O setor de máquinas e equipamentos foi o que registrou a maior taxa de crescimento no primeiro semestre: 36,53%. “Isto evidencia que as indústrias estão investindo para melhorar ou ampliar suas instalações visando obter maior competitividade e incrementar suas posições de mercado”, comentou Schmitt.

O aumento nas vendas estimulou também o crescimento do nível de emprego e renda na indústria paranaense – o nível de pessoal empregado total aumentou 6,77%, e o pessoal empregado na produção, 6,22%. Os setores onde mais cresceu foram impressão, edição e reprodução de gravações (7,3%), artigos de borracha e plásticos (4,92%) e aparelhos e materiais elétricos (2,09%).