A indústria de máquinas e equipamentos foi a que mais demitiu em março, segundo a Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo calculado pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), divulgada nesta quinta-feira, 16.

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No total, foram fechadas 7.380 vagas em todo o Estado. “É um setor totalmente ligado a investimento, que, por sua vez, é uma crença no futuro e essa crença está muito débil atualmente”, justifica o diretor do Depecon, Paulo Francini. “É necessário ganhar um novo espírito com relação ao futuro”, diz o executivo.

No mês passado, as demissões na indústria chegaram a 18.423, mas uma pequena parte da cifra foi anulada pela contratação de 1.423 trabalhadores pelo setor de açúcar e álcool. Com isso, na média, a indústria dispensou cerca de 17 mil trabalhadores, o que fez com que a taxa de emprego caísse 0,69% em março ante fevereiro, com ajuste sazonal.

Apesar de contratar, o setor sucroalcooleiro sinalizou um arrefecimento no mercado trabalhado se comparado com anos anteriores. “Em 2014, por exemplo, foram admitidos por usinas 8,6 mil trabalhadores”, informou Francini.

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No acumulado do ano, de janeiro a março, o emprego industrial já caiu 0,93%, na leitura sem ajuste sazonal. Este é o pior resultado da série histórica da pesquisa, com exceção dos resultados de 2009, quando o mercado de trabalhou encolheu 2,34% durante o mesmo período.

De acordo com projeção de Francini, o mercado de trabalho na indústria paulista deverá recuar 5% em 2015.

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