Indústria combate a pirataria e o contrabando de agrotóxico

 Herbicida falsificado ou contrabandeado é um mau negócio para você e a sociedade. Este é o mote de uma campanha publicitária que o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos Para Defesa Agrícola (Sindag) começa a veicular a partir desta semana. A iniciativa visa a denunciar o crescimento das ações de pirataria, falsificação e contrabando de agrotóxicos, que de acordo com o Sindag vêm ocorrendo principalmente em regiões do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A campanha é direcionada principalmente a agricultores e distribuidores de agrotóxicos e tem como objetivo conscientizar esses públicos de que a utilização de herbicidas contrabandeados ou pirateados é crime. A ?economia? obtida pelo usuário dos produtos ilegais representa apenas 2% do custo total de produção e expõe o agricultor a riscos diversos. A campanha do Sindag, em resumo, quer mostrar que o contrabando só beneficia os contrabandistas. O Sindag também colocou à disposição da população um Disque Denúncia, por meio de do serviço 0800 (0800 940 7030), para receber denúncias de pirataria, falsificação e contrabando de agrotóxicos. As informações obtidas pelo Disque-Denúncia serão imediatamente transmitidas à Polícia Federal, enquanto os denunciantes terão sua identidade preservada.

A veiculação da campanha vai até o mês de dezembro próximo, nas regiões onde o comércio ilegal vem crescendo ­ PR, RS, SC, GO, MT e MS. Em cinco etapas distintas, com ênfase nas conseqüências para aqueles que se envolvem com o contrabando, as peças publicitárias são distribuídas em outdoor?s, anúncios em mídia impressa grande imprensa e veículos regionais , comercial de TV, vídeo informativo, Internet e materiais de suporte, como banners e brindes educativos.

Estimativas do setor dão conta de que o comércio ilegal de agrotóxicos deve inibir movimentação de valores próximos a US$ 20 milhões este ano, sobretudo em tributos fiscais e encargos, além de receitas das empresas. Os ?piratas? e contrabandistas se valem de marcas comerciais de reconhecida qualidade, registradas nos Ministérios da Saúde e Agricultura, e as falsificam com o objetivo de vender a preços inferiores aos dos produtos originais. O agricultor compra gato por lebre. Com isso, coloca em risco a sua própria lavoura ao fazer pulverizações com insumos manipulados em fundo de quintal, sem qualquer referendo técnico e potencialmente perigosos ? e fica na mira da Polícia e da Receita Federal.

A pirataria, por incrível que pareça, ainda sujeita os fabricantes de produtos legais para defesa agrícola a sanções decorrentes de uso ilegal de suas marcas, objeto de falsificação e contrabando. Na maior parte dos casos, quem aplica esses produtos contrabandeados  sabe o que está fazendo e os riscos dessa prática perante a lei e em relação à qualidade de lavouras. Mas muita gente está sendo enganada.  Para esses produtos piratas não existe assistência técnica, nem pós-venda. Algumas lavouras de soja do Paraguai foram seriamente danificadas pelo uso de agrotóxico pirata. No Brasil, essa história pode se repetir a qualquer momento, com a perda da safra pelo agricultor que aderir ao contrabando.

Os maiores índices de pirataria registrados pelo Sindag provêm da sojicultura. Os herbicidas são o principal alvo dos falsificadores e contrabandistas. Por serem produtos tidos como caros, mas indispensáveis à produção, tornaram-se a coqueluche do mercado ilegal. A marca ClassicÒ, da norte-americana DuPont, é possivelmente a mais atingida. A empresa não se pronuncia sobre o assunto. (Parana-Online)

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