A indústria automobilística brasileira eliminou 7,6 mil vagas no primeiro semestre deste ano, divulgou nesta segunda-feira, 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Só em junho, foram cortados 1,271 mil postos de trabalho. Após as recentes medidas de ajuste da produção à baixa demanda, o setor encerrou o sexto mês de 2015 com 136.929 empregados, 0,9% a menos do que em maio e 9,6% inferior ao contingente de trabalhadores de junho do ano passado.

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Apenas o segmento de autoveículos registrou retração de 0,8% no número de empregados em junho na comparação mensal, ao encerrar o mês com 120.142 funcionários. Em relação a junho do ano passado, a queda foi ainda maior, de 8%.

Já o segmento de máquinas agrícolas teve recuo de 1,9% no número de empregados em junho ante maio e tombo de 19,6% na variação anual, ao somar 16.787 funcionários.

Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Moan, a indústria automobilística brasileira tem, nesta segunda-feira, 36,9 mil metalúrgicos afastados. Ele calcula que essa quantidade equivale a quase 27% do efetivo total do setor até maio (138,2 mil trabalhadores).

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O número leva em conta os trabalhadores afastados por férias individuais e coletivas, lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho), licença remunerada, dentre outras medidas de corte de produção adotadas tanto por montadoras de veículos quanto por fábricas de máquinas agrícolas e rodoviárias.

Moan ressaltou que as empresas devem adotar medidas de corte de produção para ajustar estoques pelo menos até agosto deste ano. Em junho, o estoque total de veículos nos pátios das concessionárias e das montadoras era suficiente para 47 dias de vendas, ante 51 dias em maio.

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