Índice de inflação da FGV começa o ano em alta em seis capitais

Rio de Janeiro – O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) indicou alta de inflação em seis das sete capitais pesquisadas, na primeira semana do ano, conforme divulgado, nesta quarta-feira (9), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Das sete capitais pesquisadas, São Paulo, que tem o maior peso na formação do indicador, foi a que mais puxou a alta do índice. O IPC-S referente à cidade foi de 0,85% até a última segunda-feira (7) contra 0,71%, medido até 31 de dezembro.

Também houve aumento no índice em Brasília (de 0,69% para 0,90%); Belo Horizonte (de 0,53% para 0,66%); Rio de Janeiro (de 0,58% para 0,79%); Salvador (de 1,12% para 1,74%) e Porto Alegre (de 0,26% para 0,30%). A única capital que apresentou desaceleração foi Recife (de 1,14% para 0,98%).

O IPC-S para as sete capitais ficou em 0,89%, mostrando o aumento de preços nas últimas quatro semanas (entre 8 de dezembro e 7 de janeiro) na comparação com a medição divulgada na semana anterior. O indicador anterior, medido até 31 de dezembro, havia ficado em 0,70%. O primeiro IPC-S do ano indicou a maior alta de preços desde o índice da terceira semana de maio de 2005, quando atingiu 0,99%.

Segundo o economista da FGV André Braz, o grupo alimentação foi o principal responsável pelo aumento no índice. De 21 itens pesquisados nesse grupo, 15 apresentaram alta, com destaque para o arroz e o feijão (cujo aumento passou de 12,91% para 17,38%). Ele avaliou, no entanto, que há tendência de queda ao longo do mês.

"No ano passado, houve uma influência muito grande nos alimentos, puxando a inflação para cima. Mas já começamos a perceber uma desaceleração do preço de produtos como carne bovina e açúcar, que deve ser verificada ao longo do mês", disse Braz.

O economista afirmou, no entanto, que o índice deve se manter no atual nível por conta do reajuste das mensalidades escolares. "Não há previsão que o índice caia, mas a inflação deve mudar de perfil. Se por um lado os preços dos alimentos devem sofrer uma desaceleração, por outro, o IPC-S sofrerá influência dos reajustes das mensalidades escolares, que ocorrem no começo do ano", argumentou.

Os gastos com educação subiram de 0,27% para 0,72%; habitação, de 0,02% para 0,11%, e saúde, de 0,28% para 0,37%. Por outro lado, registraram desaceleração: despesas diversas (de 0,59% para 0,42%), transportes (de 0,97% para 0,88%) e vestuário (de 0,67% para 0,66%).

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