A confiança do consumidor paulistano despencou este mês. Em maio, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) caiu 25% em relação a maio de 2013 e 9% na comparação com abril deste ano. Foi a maior retração anual da série histórica do indicador, que começou a ser apurado em julho de 1994. O índice, que hoje está em 109,5 pontos, encontra-se no menor nível desde outubro de 2005.

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“A escalada do pessimismo é nítida e generalizada”, afirma o assessor econômico da Fecomercio-SP, Altamiro Carvalho. Ele observa que desde fevereiro do ano passado o ICC vem apresentando recuos em relação ao mesmo mês do ano anterior e que a dimensão da queda aumenta a cada mês.

Na análise do economista, a persistência da inflação e o acúmulo de informações que indicam uma deterioração do cenário econômico são fatores que levaram ao resultado negativo.

Um dado que chama atenção, segundo Carvalho, é que o comportamento dos dois indicadores que compõem o ICC mudou. Normalmente, o indicador de expectativas, que avalia a confiança do consumidor no futuro, isto é, num prazo de até cinco anos, é maior do que o indicador de confiança na situação atual. Neste mês, no entanto, a confiança do consumidor no futuro não só está mais baixa do que a atual, mas também teve maior queda.

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Em maio, o indicador de expectativa recuou 26,4% na comparação com o mesmo mês de 2013, enquanto o indicador de confiança na situação atual caiu 23% no mesmo período. “É o desalento do consumidor em relação à situação econômica no médio e longo prazos”, ressalta.

Renda

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A pesquisa da Fecomercio-SP, feita com 2,1 mil consumidores na cidade de São Paulo, mostra que a confiança é menor no resultado mensal entre a população com maior renda. Os paulistanos que recebem mais de dez salários mínimos tiveram redução de 16,3% no índice de confiança de abril para maio. Já os consumidores com renda mensal inferior a dez mínimos reduziram a sua confiança em 8,7% no último mês.

As mulheres estão mais céticas em relação à economia e reduziram a confiança em 11,7% de abril para maio, enquanto entre os homens a queda foi de 9,6%. Para Carvalho, o maior recuo entre as mulheres reflete a pressão inflacionária. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.