O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 0,7 ponto em janeiro de 2018 ante dezembro de 2017, para 107,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 8. Segundo a FGV, após o quinto aumento consecutivo, o indicador sinaliza uma aceleração no ritmo de recuperação do mercado de trabalho.

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“O Indicador Antecedente de Emprego continua sinalizando melhora nas condições do mercado de trabalho ao longo dos próximos meses. O cenário de melhora no nível de atividade econômica, juntamente com a expectativa de contratação futura, sugere continuidade da tendência de melhora do mercado de trabalho e de retorno à geração de vagas formais em 2018”, avaliou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

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Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 3,6 pontos em janeiro ante dezembro, para 96,7 pontos. “Apesar do otimismo quanto à geração de emprego nos próximos meses, a taxa de desemprego continua elevada (11,8%) e a população desocupada ainda chega a representar 12 milhões de pessoas. Diante do quadro, as pessoas continuam percebendo dificuldades no mercado de trabalho, ainda que a melhora do indicador no último mês tenha sido expressiva”, completou Barbosa Filho.

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O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

No IAEmp, cinco dos sete componentes tiveram avanços em janeiro, com destaque para os que medem a situação dos negócios para os seis meses seguintes na Sondagem de Serviços (+4,0 pontos) e a situação dos negócios atual na Sondagem da Indústria de Transformação (+3,5 pontos).

No ICD, as classes de renda que mais contribuíram para a queda de janeiro foram as duas mais baixas, consumidores com renda familiar até R$ 2.100,00 (-9,9 pontos) e com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800 (-4,6 pontos).