Inaugurado em Ibiporã abastecedor comunitário

Para organizar a distribuição de água no meio rural, um dos caminhos técnicos encontrados é a instalação de abastecedores comunitários rurais. Isto foi feito em Ibiporã, na comunidade Três Figueiras, com abertura de um poço semi-artesiano profundo de 218 metros. O governo do Estado, pelo Programa Paraná 12 Meses, contribuiu com R$ 22,5 mil, a companhia municipal de água Samae participou com R$ 11,3 mil e os beneficiários, com o restante do custo, orçado em R$ 9,8 mil.

Uma bomba elétrica 3,5 kw coloca na caixa de 30 mil litros de água, abastecendo 47 famílias através de uma rede de distribuição de 12 km de encanamento até a torneira das residências. Segundo o responsável pela Unidade Municipal da Emater-Paraná de Ibiporã, Iolder Antônio Colombo, a iniciativa do abastecedor faz parte de um programa maior que contempla a preservação ambiental.

“Além de fornecer água com qualidade para consumo doméstico e das criações, a proposta visa reduzir a contaminação dos mananciais e lençol freático por agrotóxicos, racionalizando o uso da água e orientando a carga dos tanques de pulverizadores de venenos, reduzindo a prática de abastecimento de água direta dos rios e nascentes”, afirma Iolder.

Das oito comunidades existentes no município, três têm abastecedores comunitários rurais completos com redes de distribuição e participação ativa dos beneficiados. A preocupação do extensionista Iolder é que Ibiporã apresenta uma agropecuária intensiva desenvolvida por 10% da população local, que é de 60 mil habitantes.

“Essas 6 mil pessoas que ainda moram no campo necessitam de apoio governamental para reduzir os problemas de saúde e, principalmente, da contaminação ambiental, já que o abastecedor comunitário é apenas uma prática preservacionista”. O técnico lembra das tecnologias disponíveis e aplicadas no município, entre elas a de conservação dos solos, a destinação correta das embalagens vazias de agrotóxicos, reflorestamento de matas ciliares de proteção das nascentes e rios, além do isolamento das pastagens nas margens do riacho, como o que está sendo implantado em 8 quilômetros das margens do Jacutinga.

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