Inadimplência em queda no 2.º semestre

A inadimplência total, que inclui pessoas físicas e jurídicas, foi 2,1% menor no primeiro trimestre de 2004 do que no mesmo período de 2003, que registrou alta de 8% em relação a 2002. Segundo a Serasa, entre os consumidores o número de inadimplentes registrou queda de 0,2% em comparação com o mesmo período de 2003, quando houve um crescimento de 8,6% em relação a 2002.

De acordo com a Serasa, no entanto, os cheques devolvidos ainda representaram 36% da inadimplência de março deste ano, repetindo o percentual do mês no ano passado. O valor médio dos cheques sem fundos não pagos foi de R$ 417, enquanto os títulos protestados atingiram R$ 600.

A inadimplência nos cartões de crédito foi de 33% e manteve o peso do período do ano anterior, a uma média de valor de R$ 226 por registro. 29% dos débitos dos consumidores não pagos vieram de dívidas com bancos, incluídas aí o cheque especial e crédito ao consumidor. O montante médio da dívida nesses casos é o maior: R$ 951.

“Para o consumidor, o desemprego, a queda da renda, os juros elevados, o aumento das tarifas públicas, a não-correção da tabela de Imposto de Renda e a criação de novos impostos e taxas formam um conjunto de fatos determinantes para a menor renda disponível, o que dificulta o pagamento de compromissos assumidos anteriormente”, avalia Laércio de Oliveira Pinto, diretor da Serasa.

No caso das empresas, também houve queda na inadimplência, de 15,2% em relação ao primeiro trimestre de 2003. Os títulos protestados tiveram um peso de 45% nas dívidas não pagas, quatro pontos percentuais abaixo do mesmo período no ano passado, com uma média de R$ 1.278 por documento não pago.

Em seguida, vieram os cheques sem fundos, com peso de 39% no indicador, a uma média de R$ 1.127 por evento. Os registros nos bancos foram 16%, a uma média de R$ 2.738 por empresa.

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