Depois da forte alta de preços dos últimos anos, o mercado imobiliário passa por um fase de ajuste. Segundo o Índice FipeZap Ampliado, elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em setembro, a alta do preço médio anunciado do metro quadrado nas 20 cidades pesquisadas, de 0,55%, ficou acima da inflação esperada para o mês. Já em 12 meses, a variação acumulada, de 9,16%, é a menor desde 2011.

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O índice mensal revela que, nos primeiros nove meses do ano, o preço do metro quadrado do imóvel pronto, a maioria usado, subiu em média 5,40% – quase um ponto porcentual acima da inflação esperada para o período, segundo o boletim Focus, do Banco Central. No entanto, no acumulado em 12 meses, desacelerou pela décima vez consecutiva.

“Temos caminhado em uma valorização próxima à inflação nos últimos meses, e isso não nos surpreende”, diz Eduardo Schaeffer, presidente do Zap. “Neste ano, a Copa represou um pouco as transações. Depois, vimos que os negócios estão acontecendo em ritmo menos acelerado”, diz.

Para o fim do ano e para 2015, ele afirma que o mercado deve continuar num ritmo parecido ou um pouco mais lento. Um dos motivos é o grande número de lançamentos imobiliários neste segundo semestre. “Tudo aquilo que as incorporadoras aceleraram nos últimos anos para conseguir fazer com que o volume de negócios crescesse rapidamente fez com que agora, nos momentos de entrega, tenhamos uma oferta considerável e uma taxa de retomados muito alta”, diz.

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Segundo ele, as taxas de devolução dos imóveis às incorporadoras, seja por recusa de aprovação de crédito ou desistência do consumidor devido às taxas em época de desaceleração econômica, já chegam a mais de 15%.

Em setembro, segundo o índice, seis das 20 cidades apresentaram queda real de preços, dentre elas, São Paulo e Rio de Janeiro – cidades que comumente lideram as variações do indicador e puxam a média para cima. Em ambas, a variação média no mês foi de 0,40%. Mesmo assim, as duas cidades seguem com o metro quadrado mais salgado da pesquisa: R$ 10.793 no Rio e R$ 8.277 em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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