IGP-M começa 2º semestre ‘com alívio’ na inflação

O coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, avalia que os resultados do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) na primeira prévia de julho mostram que “estamos entrando no segundo semestre com um certo alívio na inflação, tanto nos produtos voltados para o consumidor final quanto em itens no atacado relacionados ao aquecimento econômico”. Ele ressalva, entretanto, que a desaceleração nos índices de inflação “não significa que não haja novas pressões no futuro”. AFGV divulgou hoje um IGP-M de 0,14% na primeira prévia de junho, ante 2,21% na primeira prévia do mês passado.

Quadros considera a perda de ritmo nos reajustes dos bens intermediários, que passaram de uma variação de 1,37% na primeira prévia de junho para 0,18%, como a notícia mais importante trazida pelo IGP-M divulgado hoje.

O coordenador argumenta que o menor patamar de reajustes nesse grupo de produtos pode estar refletindo os efeitos da desconfiança em relação ao cenário econômico internacional nos preços formados em âmbito mundial. “Essa é a principal novidade, o relaxamento da pressão sobre esse grupo de produtos, que foi forte no primeiro semestre”, disse. Ele acrescentou que “a redução nos reajustes dos intermediários atenua um pouco as perspectivas de repasse”. Também neste caso, porém, Quadros faz a ressalva de que os resultados comportados da primeira prévia de junho não garantem um segundo semestre de tranquilidade.

O que está certo, porém, segundo Quadros, é que os índices de inflação apurados pela FGV deverão registrar, no fechamento de julho, resultados inferiores aos apurados no mês passado. “Tudo indica que haverá desaceleração nos índices fechados em relação a junho”, afirmou.