O Paraná foi a única região a mostrar alta na produção industrial em abril ante março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas o aumento de 1,4% na margem, puxado pelos setores de alimentos, outros produtos químicos e veículos, não deve ser comemorado. “Não significa recuperação, o estado ainda está 23,6% abaixo de seu pico de produção, que foi em dezembro de 2011”, afirmou o técnico Rodrigo Lobo, da Coordenação de Indústria do órgão.

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O desempenho do Paraná é pior do que a média nacional. A indústria brasileira como um todo operava, em abril, 12,3% abaixo do seu pico histórico, observado em junho de 2013.

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Embora não tenham tido aumento na produção em abril ante março, duas regiões que se beneficiam da extração de minério de ferro têm tido resultados melhores. No Pará, onde o setor extrativo responde por 80% da indústria, a produção está 1,8% abaixo do pico histórico. Já no Espírito Santo, onde a fatia do setor é próxima a 60%, o desempenho está 3,9% abaixo do recorde.

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Recuos intensos

A indústria do Ceará registrou queda de 7,9% na produção em abril ante março, a baixa mais intensa desde maio de 2003 (-8,2%), segundo o IBGE. “Percebemos movimento menor no setor de derivados de petróleo e biocombustíveis, e o produto que mais cai é asfalto de petróleo. Outras atividades que pressionaram foram bebidas e calçados”, contou Lobo.

Na Bahia, a queda de 5,1% em abril sucedeu o aumento de 24,0% em março, sempre na comparação com o mês anterior. Segundo o técnico, no terceiro mês do ano houve um impulso atípico devido à retomada das operações em plataformas de petróleo, paralisadas em meses anteriores para manutenção ou devido a acidentes. Além disso, em abril, outras atividades que pressionaram foram celulose, metais não metálicos, metalurgia e veículos.