Os dados regionais da indústria divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os locais onde há presença forte de bens de consumo duráveis estão registrando uma velocidade de recuperação mais rápida da produção após o tombo gerado pela crise, segundo observou a economista da coordenação de indústria do instituto, Isabella Nunes. Como exemplo, ela cita o importante impacto da indústria automobilística em Estados que registram crescimento superior ou próximo à média nacional (13,5%) em agosto, comparativamente a dezembro do ano passado, como é o caso de Minas Gerais (21,3%), Bahia (13,1%), Paraná (10,8%) e São Paulo (10,6%). Das seis regiões que mostram os melhores resultados em setembro ante o último mês de 2008, entre as 14 pesquisadas, quatro têm forte presença da indústria de automóveis na economia local.

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Ainda de acordo com Isabella, o espalhamento maior da recuperação do setor industrial entre as atividades pesquisadas que ocorreu em agosto também está refletindo nos dados regionais. No caso de São Paulo, que tem maior peso na indústria regional e foi o principal responsável, em agosto, pelo crescimento de 1,2% na produção do País ante o mês anterior, Isabella disse que a região vem se beneficiando do fato ter uma estrutura industrial diversificada, que não depende do desempenho de um único setor.

A economista explicou que o bom desempenho do Estado de Goiás, único local a registrar aumento na produção (3,2%) em agosto ante igual mês do ano passado refletiu os dados do setor farmacêutico, “provavelmente” por causa do segmento de medicamentos veterinários.

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