IBGE “esquece” um milhão de desempregados

Rio – Quase um milhão de pessoas deixaram de entrar na taxa oficial de desemprego do País de maio. A taxa chegou a 12,8% da PEA (População Economicamente Ativa) na média das seis maiores regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no Brasil. Foi a maior taxa em 14 meses. Pela taxa, o IBGE estima que 2,7 milhões de pessoas estejam sem emprego nas regiões pesquisadas. Ou seja: a taxa oficial de desemprego brasileira deixa de contabilizar quase um terço do atual número de desempregados conhecido. A razão do “esquecimento” é que o IBGE só considera como desempregado aquele que procurou emprego nos 30 dias anteriores à consulta.

Não inclui a pessoa que quer trabalhar, está disponível, mas, por um motivo qualquer, não procurou emprego nesse período. Entre os “esquecidos”, por exemplo, estão aqueles quem fazem um “bico” numa semana, mas não conseguem um outro trabalho na semana seguinte. Se o “bico” é regular ou feito na semana da pesquisa, a pessoa é considerada empregada. Se não procura emprego, é colocada fora do mercado de trabalho. O IBGE contesta. Afirma que não pode incluir esse contingente entre os desempregados porque, dessa forma, estaria contando pessoas que deixaram definitivamente o mercado de trabalho, como recém-aposentados e mulheres que pararam de trabalhar para cuidar dos filhos.

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