IBGE diz serviços financeiros foi setor que mais cresceu

O setor de intermediação financeira, previdência complementar e serviços relacionados foi o que mais cresceu no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, com 12,7%, de acordo com os números do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também se expandiram em ritmo superior à média da economia os setores de construção civil (+9,9%); serviços de informação (+9,7%), comércio (+8,9%) e agropecuária (+7,1%).

Abaixo da média de 6,1% no período, ficaram a indústria extrativa mineral (+5,3%), a indústria de transformação (+4,8%), os serviços de produção e distribuição de eletricidade, gás e água (+4,5%), o grupo de transporte, armazenagem e correio (+4 4%) e o de outros serviços (+4%), administração, saúde e educação pública (+2,3%) e serviços imobiliários e de aluguel (+1,9%).

Construção civil

A construção civil foi o segmento de maior destaque na indústria no segundo trimestre, com crescimento de 9,9% na comparação com o segundo trimestre de 2007. “Esse crescimento foi muito influenciado pelas obras públicas e no primeiro trimestre a alta da construção civil também foi próxima de nove”, disse a gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis. Ela citou também que houve crescimento do crédito direcionado à habitação de 26,7% no período. “A população ocupada na construção está crescendo 5%”, disse também.

A indústria extrativa mineral cresceu 5,3% no segundo trimestre ante o mesmo período de 2007, influenciada principalmente pelo setor de petróleo e gás, de maior peso, que se expandiu 5,1%. A extração de minério de ferro aumentou 7,3% nessa comparação.

Já a indústria de transformação registrou alta de 4,8%, tendo como destaques máquinas e equipamentos, automóveis, metalurgia, material elétrico e produtos químicos. Os serviços industriais de utilidade pública (Siup), como energia elétrica, água e saneamento tiveram expansão de 4,5%. “O que puxou para cima aí foi o gás. A energia elétrica apresentou taxa mais baixa”, contou Rebeca.

Setor externo

O setor externo manteve, no segundo trimestre de 2008, a contribuição negativa sobre o PIB que vem sendo registrada desde o primeiro trimestre de 2006, ressaltou Rebeca Palis. Isso ocorre porque as importações são contabilizadas com sinal negativo no cálculo do PIB e estão crescendo acima das exportações.

No segundo trimestre, segundo Rebeca, houve aceleração no aumento das importações e exportações especialmente por causa do fim da greve dos auditores federais. Na comparação com igual período de 2007, as exportações aumentaram 5,1% no segundo trimestre deste ano, enquanto as importações registraram alta de 25,8%. No primeiro trimestre, nessa base de comparação, as exportações tiveram queda de 2,1%, enquanto as importações aumentaram 18,9%.

No caso das importações de bens e serviços, os destaques no segundo trimestre foram, entre os produtos, máquinas e equipamentos, produtos de extrativa mineral, siderurgia, veículos automotores, têxtil e equipamentos eletrônicos.