IBGE: demanda da indústria puxa receita de transportes

O escoamento da produção agrícola, a maior demanda da indústria e do comércio por transporte de carga e a maior procura por passagens aéreas fizeram com que a receita bruta nominal de transportes, serviços auxiliares de transportes e correio crescesse 14,7% em fevereiro deste ano ante fevereiro de 2013, analisou o técnico Roberto Saldanha, da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em janeiro, a expansão foi de 9,7%, também em relação a igual mês de 2013.

“A grande recuperação foi principalmente do transporte terrestre. Em janeiro, ele teve um crescimento muito baixo (3,8% em relação a janeiro de 2013), e agora cresceu (11,8% em fevereiro) puxado principalmente pelo transporte de carga”, explicou Saldanha. O técnico ressaltou ainda que todas as modalidades, entre rodoviário, ferroviário e dutoviário, acompanharam este crescimento.

Já o transporte aéreo registrou crescimento de 22,7% na receita bruta nominal em fevereiro ante fevereiro de 2013. O resultado foi melhor do que em janeiro, quando a alta foi de 12,2% no mesmo tipo de comparação. Em fevereiro, a receita nominal cresceu mesmo com deflação de 20,55% nas passagens aéreas, verificada no IPCA daquele mês.

“A renda do trabalhador está crescendo, a massa salarial continua em ascensão. Com as promoções e esse facilitador, que é o parcelamento (do valor das passagens), tudo isso vem contribuindo para que o setor aéreo cresça”, afirmou Saldanha. Segundo ele, os meses de férias já impulsionam essa atividade, mas o que explica 2014 ser melhor do que 2013 é justamente o ganho na renda e as promoções de passagens.

O setor de transportes foi o principal impacto positivo na receita bruta nominal de serviços em fevereiro. O crescimento geral foi de 10,3% ante fevereiro de 2013. Regionalmente, os transportes cresceram principalmente no Distrito Federal (36,8%), Rio de Janeiro (20,5%) e em Goiás (16,4%). “No Rio de Janeiro, o transporte ligado a setor de petróleo e gás tem crescimento maior, tanto no transporte da carga quanto na navegação de apoio às plataformas”, detalhou Saldanha.

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