Parte da queda no desemprego entre o primeiro trimestre de 2017 e os três primeiros meses deste ano, quando a taxa de desocupação caiu de 13,7% para 13,1%, é explicada pelo aumento da subutilização da força de trabalho e do desalento, afirmou nesta quinta-feira, 17, Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Mais cedo, o órgão informou que a taxa composta de subutilização da força de trabalho avançou de 23,6% no quarto trimestre de 2017 para 24,7% no primeiro trimestre deste ano, atingindo o recorde da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012.

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No total, são 27,7 milhões de pessoas na população que agrega os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial.

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“Quando pegamos as medidas completas, isso mostra que a queda na desocupação não é favorável”, afirmou Azeredo, após a entrevista coletiva para comentar os dados da Pnad Contínua Trimestral referente ao primeiro trimestre. “Parte da população que saiu do desemprego foi para o desalento ou continua subocupada”, completou.

Segundo Azeredo, entre 2017 e 2018, a desocupação caiu, mas “caiu em função do aumento do desalento e do aumento da subutilização”. “O retrato geral é que o mercado de trabalho continua ainda em uma situação bastante desfavorável”, afirmou o pesquisador.