Iata: empresas aéreas terão perdas de US$ 9 bi em 2009

As companhias aéreas, fustigadas por uma combinação de baixos rendimentos e pouca procura em meio a uma recessão mundial e da constante propagação da gripe suína, perderão US$ 9 bilhões em 2009, disse hoje a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). A previsão, apresentada pelo organismo que representa cerca de 230 companhias aéreas no mundo, é quase o dobro da perda estimada de US$ 4,7 bilhões em março.

“Nossa indústria está em modo de sobrevivência”, destacou o Giovanni Bisignani, diretor-geral da Iata, na reunião anual do grupo, revelando a mais recente estimativa.

As companhias aéreas da região da Ásia-Pacífico podem registrar seu pior desempenho este ano, com perdas estimadas em US$ 3,3 bilhões, seguida pelas transportadoras aéreas europeias, que podem apresentar prejuízo de US$ 1,8 bilhão.

A crise financeira global e a recessão têm afetado o setor, que no ano passado registrou um prejuízo de US$ 10,4 bilhões – queda revisada ante a estimativa anterior de uma perda de US$ 8,5 bilhões.

Segundo Bisignani, a receita total do setor aéreo irá cair 15% em 2009, para US$ 448 bilhões, de US$ 528 bilhões em 2008. O porcentual é muito superior à queda de 7% registrada pelas empresas de aviação após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

O diretor-geral da Iata afirmou ainda que o setor de cargas vem mostrando sinais de estabilização, após a queda de 23% em dezembro do ano passado, em termos anuais.

A Iata informou, em comunicado, que a demanda por carga aérea diminuirá 17% em 2009, uma vez que as companhias aéreas preveem transportar 33,3 milhões de toneladas de carga, em comparação com as 40,1 milhões de toneladas no ano passado.

A demanda de passageiros, por sua vez, pode contrair 8% este ano, para 2,06 bilhões de passageiros, em comparação com os 2,24 bilhões de 2008. “O impacto da redução da demanda na receita será mais expressivo por causa da forte queda nas margens de lucro – 11% para o transporte de cargas e 7% para o passageiros”, informou a associação. As informações são da Dow Jones

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