IABr prevê queda de 21,9% no consumo de aço este ano

O consumo de aço no Brasil em 2009 deve ficar em 18,79 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 21,9% em relação ao ano passado. Apesar da retomada do crescimento observada nos últimos meses, a produção no País também deve cair fortemente neste ano, com volume de 26,7 milhões de toneladas, 20,8% inferior a 2008, segundo a previsão do Instituto Aço Brasil (IABr), antigo IBS.

A previsão do IABr é de que em 2010 haja uma recuperação tanto no consumo (crescimento de 21,6%) quanto na produção (alta de 24,2%). Mesmo assim, o desempenho ainda não recuperará os níveis de 2008, voltando ao patamar de 2007. As exportações, estimadas em 9,5 milhões de toneladas, devem apresentar ligeiro aumento, mas gerando receita 36% inferior a 2008 devido à queda nos preços internacionais.

Na avaliação do IABr, a expressiva melhora no desempenho do setor esperada para 2010 reflete não só o bom momento da economia nacional e o desempenho dos setores consumidores, como os primeiros efeitos do início das atividades relacionadas aos diversos programas especiais, com destaque para o de petróleo e gás, Copa do Mundo de futebol (2014) e Olimpíadas no Rio (2016). Para o presidente do IABr, Flávio Azevedo, estes eventos responderão por um acréscimo de 8 milhões de toneladas na demanda doméstica, entre 2009 e 2016. Ele afirmou que a atual capacidade da indústria siderúrgica é capaz de suprir este aumento.

Em entrevista para detalhar o desempenho do setor siderúrgico em 2009, ele ressaltou que essa indústria dispõe hoje de capacidade de produção mais de 100% superior à demanda interna. E previu a retomada de projetos de expansão, adiados por causa da crise, “que permitirá o abastecimento pleno do mercado interno e a manutenção de níveis elevados de exportação, preservando a posição entre os segmentos que são grandes geradores de saldo comercial do País”.

O destaque internacional de demanda, segundo dados do IABr, é a China, cujo consumo deve crescer 18,7% em 2009. O consumo aparente mundial está estimando em 1,1 bilhão de toneladas, 24,3% inferior ao ano passado. Para 2010, as expectativas do mercado global são também positivas, com projeção de crescimento do consumo de 9,2%, chegando a 1,2 bilhão de toneladas de produtos.

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